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Melina de Araújo Lima

 

Foi integrante do grupo entre 2011 e 2013, graduanda do 4º ano de Direito pela Unesp Franca 

Camila de Felício Santos

 

Fundadora do grupo, formada em Direito pela Unesp Franca em 2013.

O grupo responsável pelo projeto valoriza seu histórico e aqueles que se dedicaram para seu crescimento. Por isso, esta página é dedicada a antigos membros que aqui deixam registradas suas experiências de atuação no projeto. 

   Sobre a criação e formação do GEPAC

   Quando ingressei no curso de Direito, em 2009, meu propósito era estudar sobre política em âmbito nacional e mundial, percebendo como se dá as relações no meio público-privado. Porém, depois de certo tempo notei que o curso não me fornecia toda a teoria que gostaria e busquei na faculdade algum grupo que pudesse satisfazer meu interesse. Como não encontrei, por indicação dos veteranos procurei a Professora Rita Biason e com o seu auxílio, apoio e boa vontade, nós buscamos mais pessoas que estivessem interessadas em fomentar um grupo de discussões e estudos em assuntos políticos por um viés que analisasse diferentes pontos de vistas.O ano de 2009 foi para idealizar o grupo e definimos o nome GEPAC (Grupo de Estudos de Política Aplicada e Comparada), por entender que gostaríamos de estudar e analisar institutos da política brasileira e posteriormente compará-los a de outros países. Muitas pessoas assinaram a lista de interesse, o que me lembro até surpreendeu a professora. Em 2010 começamos as reuniões semanais e depois quinzenais, nas quais debatíamos assuntos e textos que previamente selecionamos com a indicação da Professora Rita. Foi um ano de estruturação do grupo, muitas pessoas passaram por ele, muitos não liam os textos e iam meramente para jogar sua opinião na roda, ao invés de articular uma boa discussão sobre o assunto. Apenas alguns integrantes ficaram o ano todo e foram estes que no final do ano elaboraram um projeto de extensão, a fim de converter nosso aprendizado em algum impacto social para melhorar nossa realidade política. Pensamos na época que o projeto não seria aprovado pela falta de coesão do grupo e por ser recente na faculdade, na verdade até já tínhamos em mente que o grupo não perduraria em 2011. Porém para a felicidade e surpresa dos integrantes o projeto foi aprovado, com uma boa verba por sinal, então reestruturamos o grupo, fizemos nosso primeiro processo seletivo e tornamos firme nosso propósito e a execução do projeto. Creio que no fim de 2011, apesar dos altos e baixos, devido a problemas com gestão de informação e membros, conseguimos cumprir o projeto “Políticas para Jovens”, talvez com menos parcerias com escolas públicas do que gostaríamos, mas com parcerias e aulas ministradas suficientes para manter a sustentabilidade do projeto. Devido a outras pretensões acadêmicas tive que optar por deixar o grupo em 2012, mas sei que o deixei em boas mãos, tão boas que o grupo prosperou em 2012 e 2013, o projeto cresceu e hoje fico muito grata e contente quando vejo o resultado de uma simples iniciativa e vontade que tive em 2009.O desejo que tinha em debater política e fazer alguma diferença se concretizou pela vontade e empenho de outras pessoas que se dedicaram ou dedicam à causa. Creio que o grupo com o seu projeto a fim de causar uma consciência política e engajar o jovem está provocando uma certa mudança que pode ser pequena de início, mas ter medidas surpreendentes nestas vidas e realidades que estão sendo tocadas, quem dera se em todas as escolas houvessem projetos similares. Agradeço a todos que contribuem ao grupo e aos que contribuíram, parabéns a todos vocês e desejo um ótimo trabalho e que utilizem do grupo para se desenvolverem pessoal, profissional e academicamente e acima de tudo causar um impacto na sociedade aproximando os pilares universitários ensino, pesquisa e extensão.

     Breve depoimento sobre o projeto Política para Jovens

   Participar da elaboração e o primeiro ano de execução do projeto “Políticas para Jovens” apesar de ter sido desgastante foi muito gratificante e de extremo aprendizado. Foi desgastante porque todos os membros eram leigos em execução de projetos, sabíamos ler um texto e discuti-lo, articular idéias, até a estrutura do projeto não foi difícil, mas daí a execução complicou, pois tivemos que desvendar os mistérios da burocracia para requisitar materiais necessários, verbas, fazer parcerias com as escolas e planejar aulas. Mas quando ministrávamos as discussões entre os jovens era tudo tão gratificante, descobrir como o jovem pensa e tem consciência de sua realidade e pode pensar em ações para esta mudança, foi muito enriquecedor para mim. Neste projeto quebrei preconceitos ao entender melhor como a geração mais nova pensa, eles têm consciência da realidade e querem ser ouvidos, querem discutir e isso é bom, o ruim era ter que terminar uma aula interrompendo a discussão mas com a esperança de que eles a levassem adiante, para suas casas, bares, rodas de amigos. Além de aprender mais sobre idéias alheias, também aprendi sobre mim, sei agora que gosto e tenho vocação para gestão de projetos e para vida acadêmica. Quando iniciei as discussões do GEPAC pretendia entender mais sobre política e procurar melhorar a realidade ao meu alcance, hoje vejo que ainda tenho esta pretensão, porém especificamente na área cultural, gosto de política, amo atividades culturais então pretendo seguir nesta área de políticas culturais, na vida acadêmica e profissional, estou em busca de mestrado e projetos na área e sei que a experiência do projeto “Política para Jovens” me acrescentou aprendizado e me deu certeza do caminho que quero traçar.

   Foi o primeiro grupo de extensão que participei quando ingressei na faculdade em 2011. Sempre tive interesse por política, mas nunca tive oportunidade de estudar o assunto, por isso, o grupo me chamou a atenção. Essa seria praticamente minha única oportunidade de discutir e aprofundar no tema, na qual, infelizmente é uma questão em déficit no ensino brasileiro. Como a maioria dos jovens, eu também acreditava que a política era um assunto muito distante de mim e que não poderia fazer nada para mudar a atual conjuntura. Hoje, penso de maneira diferente. Em 2011 o grupo ainda estava em formação, havia muitos assuntos pendentes e enfrentamos diversas dificuldades para entrar em contato com as escolas e lecionar todas as aulas. Mesmo assim, tínhamos esperança que estávamos no caminho certo. Com o passar dos anos, o grupo se consolidou e graças ao trabalho conjunto de todos os membros conseguimos completar com êxito todas as tarefas que cabia a nós: fazer reuniões semanais, discutir temas relacionados à política, realizar eventos na faculdade, ir a congressos em diversas cidades e dar aulas em todas as escolas que entramos em contato. Um grupo de extensão, de uma forma geral, é de suma importância para a formação de um universitário. Esse, em especial, me ensinou a trabalhar em grupo, saber ouvir, saber falar na hora certa, respeitar opiniões divergentes, me ensinou que sozinhos temos mais dificuldade para atingir nossos objetivos e que o trabalho em grupo faz com que o caminho percorrido seja menos árduo e, principalmente, aprendi dar mais valor as amizades. O grupo nos proporciona muito mais do que conhecer colegas da faculdade e de outros cursos, todos nós nos tornamos grandes amigos tanto dentro quanto fora do projeto. Quando a amizade é a base de qualquer relação, a tarefa a ser realizada fica mais fácil e agradável. Eu sempre saia satisfeita e realizada das reuniões mesmo quando encontrávamos algum contratempo, porque eu sabia que tinha amigos no grupo e não meros colegas e, por isso, todos nós sempre ajudávamos uns aos outros para que tudo desse certo no final. Tenho um carinho enorme por cada um deles.

   O fato de darmos aulas para alunos de ensino médio em escolas públicas foi uma experiência marcante em minha vida. Nunca antes tinha lecionado aulas. Aprendi a me organizar melhor para repassar o conteúdo aos alunos de uma forma didática, melhorei minha oratória e deixei a vergonha de lado para falar em público. Além de tudo, é gratificante todo esforço e empenho que temos durante o ano, uma vez que, ensinar política para os jovens é extremamente importante. Atualmente, há um enorme descrédito na política brasileira e ao despertarmos a consciência política dos alunos estamos ajudando a construir cidadãos cientes de seus deveres e que reivindicarão seus direitos.

   A cada ano o grupo evolui de uma forma incalculável. Ano passado (2013) tivemos um número recorde de inscrições para ingresso no projeto e aumentamos o número de membros. Eu desejo que o grupo continue com toda essa garra, força e união que sempre teve, porque, dessa forma, todas as dificuldades poderão ser divididas e o sucesso compartilhado. Tenho e sempre terei muito orgulho de ter feito parte desse grupo e ajudado a ser o que é hoje, sem ele minha graduação estaria incompleta.

   Participar do Projeto “Política para Jovens” foi, antes de mais nada, um despertar. A organização e estruturação perante o grupo já é um desafio – mais que escala de horários e aulas para serem ministradas, discutimos vias pedagógicas de aprimoramento e maior impacto com os alunos; reestruturamos o material apostilado, tornando-o mais dinâmico e planejado; fizemos avaliações posteriores sobre o que avançamos e quais pontos ainda podem avançar. É, sem dúvida, um Projeto de muitas mãos. Em seguida, e mais importante, é a experiência em sala de aula que da grandes valores ao Projeto e a quem participa dele, seja como aluno ou professor. São inúmeras as situações a que somos levados perante uma sala de aula. E todas muito positivas. A política é sim uma temática que inquieta e interessa a muitos, mesmo que de forma embrionária. Não houve uma aula em que não existiam questionamentos, contestações, debates – interesse. A participação e atenção não era unânime, mas sempre significativa. A grande lição que levarei desse Projeto é a lembrança de acordar bem cedo para ir às escolas, muitas vezes cansado, e sair da sala de aula algumas horas depois com uma sensação de felicidade. Os alunos fazem valer a pena!

Matheus de Fernando Cequini Pereira

 

Foi integrante do grupo em 2013, graduando do 5º ano de Direito pela Unesp Franca. 

Depoimentos de ex-integrantes

© 2014 por Centro de Estudos e Pesquisas sobre Corrupção (CEPC).

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